terça-feira, 7 de dezembro de 2010

CHUVA DOURADA




É disso que preciso para saber que ainda estou vivo.
É deste cálice que quero beber para sujeitar-me ao delírio do seu prazer.
É do sorriso e da lágrima que adornam seu rosto e das unhas contornando os esconderijos de um corpo;
É do vício, da corrente, do látex,
da corda enforcando, do grito de mulher,
da lâmina que te faz ajoelhar
e banhar-se
nas gotas de uma chuva dourada.


COMENTÁRIO: “... e os finos cabelos da sua nuca delicadamente repousando no pescoço fariam-me suspirar – e isso eu permitiria, para que o gozo fosse completo – mas o nojo permaneceria. Estranha sensação, esta do desejo misturado ao nojo! É como se o espasmo da ejaculação viesse junto com um vômito. Somente você para inspirar-me tão conturbadas sensações!”


(banda life is a lie)

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