terça-feira, 20 de julho de 2010

A Cópula







Depois de lhe beijar meticulosamente
O cu, que é uma pimenta, a boceta, que é um doce,
O moço exibe à moça a bagagem que trouxe:
Colhões e membro, um membro enorme e turgescente.

Ela toma-o na boca e morde-o. Incontinente,
Não pode ele conter-se, e, de um jacto, esporrou-se.
Não desarmou porém. Antes, mais rijo, alteou-se
E fodeu-a. Ela geme, ela peida, ela sente

Que vai morrer: – “Eu morro! Ai, não queres que eu morra?!”
Grita para o rapaz que, aceso como um diabo,
Arde em cio e tesão na amorosa gangorra

E titilando-a nos mamilos e no rabo
(Que depois irá ter sua ração de porra),
Lhe enfia cona adentro o mangalho até o cabo.



(Manuel Bandeira)

5 comentários:

Francorebel disse...

Manuel Bandeira?

Enfim... gostei, boa rimas e bem chulo... acho chique, sabe... aplausos!

Sandro Batista disse...

Caralho, taí uma prova de que o "pornográfico" pode sim (e de fato é), muito poético! Juro que não sabia que era do Manuel Bandeira até chegar ao fim, e já estava achando muito bom.

Muito intessante e original teu blog cara!

Abração

http://estacaoprimeiradosamba.blogspot.com/

Karla Hack disse...

Manuel Bandeira sempre brincou muito bem com esta sexualidade mais crua, quase explícita... e tudo isto sem perder o lirismo!
Estou adorando esta combinação da sua arte com a poesia!
;D

Alexandre Terra disse...

caraca! mt bom o poema, acho q o mais legal q eu ja li! hsuahshas

joão victor borges disse...

Nem os grandes poetas resistem, e os textos saem melhores. Finalmente uma mulata nesse blog!

http://anpulheta.blogspot.com